SAÚDE DA MULHER
A saúde das mulheres necessita de cuidados cotidianos como alimentação saudável, prática regular de atividades que promovam o bem-estar e visitas periódicas aos profissionais de saúde.
Publicado em 02/10/2017 11:12
SAÚDE DA MULHER
A saúde das mulheres necessita de cuidados cotidianos como alimentação saudável, prática regular de atividades que promovam o bem-estar e visitas periódicas aos profissionais de saúde. Esse cuidado deve ser contínuo, por isso renovamos o compromisso com a saúde das mulheres a cada ano por meio da Campanha Outubro Rosa.
Neste contexto, para algumas mulheres, em faixas etárias específicas, dois exames são de extrema importância: a mamografia e o preventivo do colo do útero. Ambos são capazes de detectar alterações específicas em fases iniciais ou o próprio câncer de mama e de colo do útero. Vale lembrar que o diagnóstico precoce significa uma maior chance de cura.
ESTATÍSTICAS
Em Minas Gerais, o câncer de mama é o de maior incidência em mulheres. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que são esperados 5.160 novos casos da doença em Minas Gerais, uma taxa bruta de incidência de 48,19 para cada grupo de 100 mil mulheres mineiras.
A taxa de mortalidade feminina por câncer de mama em Minas, estimada pelo INCA em 2013, é de 11,37 óbitos para cada grupo de 100 mil mulheres.
Enquanto isso, o câncer de colo do útero é o terceiro de maior incidência entre as mulheres mineiras e as estimativas apontam 1.030 novos casos esperados no estado, com uma taxa bruta de 9,63 casos para cada grupo de 100 mil mulheres.
A taxa de mortalidade por câncer de colo de útero em Minas, estimada pelo INCA em 2015, é de 3,53 óbitos para cada grupo de 100 mil mulheres.
Dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA) revelam que em 2016 foram realizadas mais de 347.330 mil mamografias de rastreamento na faixa etária de 50 a 69 anos nas unidades de saúde do SUS em Minas Gerais. De janeiro a julho deste ano, são 187.893 mamografias já realizadas. Em relação ao rastreamento do câncer de colo do útero, o SUS em Minas realizou 860.101 exames preventivos do colo do útero em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos, em 2016, e 498.712 exames de janeiro a julho de 2017.
CÂNCER DE MAMA
O que é o câncer de mama?
O câncer é caracterizado pelo crescimento desordenado de células, determinando a formação de tumores malignos. O câncer de mama é o tipo que possui a maior incidência e a maior mortalidade na população feminina em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Para o Brasil, em 2016, são esperados 57.960 casos novos de câncer de mama, com um risco estimado de 56,20 casos a cada 100 mil mulheres. O diagnóstico precoce é essencial para se garantir a detecção da doença em seu estágio inicial, aumentando em mais de 90% o sucesso do tratamento.
Quais são os sintomas do câncer de mama?
Em estágios iniciais, o câncer de mama pode não apresentar sintomas, mas é muito importante ficar atenta a certos sinais: inchaço, pele enrugada ou com depressões, pele descamativa ao redor do mamilo, secreção espontânea e alterações no mamilo.
Fatores de risco
Não existe uma causa única para o câncer de mama e sim alguns fatores que podem aumentar o risco da doença, como:
• Idade – as mulheres após os 50 anos são mais susceptíveis a desenvolver a doença;
• Primeira menstruação antes dos 12 anos de idade e menopausa após 55;
• Primeira gravidez após os 30 anos ou não ter tido filhos;
• Fumar, consumo excessivo de álcool;
• Sobrepeso ou obesidade;
• Não praticar atividade física regularmente;
• Exposição frequente a raios-X;
• Histórico familiar de câncer de mama e/ou ovário em parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) que tenham tido a doença antes dos 50 anos;
• Fazer uso de terapia de reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se por tempo prolongado.
O que você pode fazer para reduzir os riscos
• Ter uma alimentação saudável, ingerindo verduras, legumes, frutas, proteínas, carboidratos, cereais, além da ingestão de muito líquido;
• Controlar seu peso;
• Praticar exercícios físicos regularmente. Eles aliviam o estresse físico e emocional e melhoram o funcionamento do organismo.
• Evitar o tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
• Esclarecer suas dúvidas coma equipe de saúde quanto às medidas preventivas e o acompanhamento de exames complementares e outros procedimentos necessários.
Você sabia? A amamentação é um fator que protege contra o câncer de mama.
A importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso do tratamento. Em relação à avaliação das mamas preconiza-se:
Mulheres de 40 a 49 anos – realização do exame clínico das mamas para todas as mulheres dessa faixa etária e realização de mamografia, se existir indicação da equipe de saúde.
Mulheres de 50 a 69 anos – realização do exame clínico das mamas e realização de mamografia de 2 em 2 anos, ou em intervalos menores na dependendo do resultado da mamografia anterior. Se você perceber alguma alteração na mama procure a equipe de saúde mais próxima da sua casa. Conhecer o seu corpo e se cuidar é muito importante!
Mulheres com elevado risco para câncer de mama (histórico familiar e/ou histórico pessoal de câncer de mama) – necessária avaliação e acompanhamento individualizado.
Fique ligada! As evidências científicas apontam que a realização de mamografias de rotina (rastreamento - exame realizado quando não há sinais/sintomas suspeitos de câncer de mama nem história familiar que justifique a investigação) fora da faixa etária de 50 a 69 anos expõe as mulheres à radiação desnecessária e pode, ainda, levar à intervenções/procedimentos que não trazem benefício à sua saúde.
Prestadores de Mamografia
De acordo com a Portaria Ministerial nº 1101/2002, que estabelece os parâmetros de cobertura assistencial no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), deve existir a proporção de 1 (um) mamógrafo para cada grupo de 240 mil habitantes. Em Minas Gerais, há 20.997.560 habitantes (IBGE 2016) e 153 mamógrafos fixos prestando serviço para o SUS. Portanto, o número de mamógrafos existentes em Minas Gerais supera o preconizado pela Portaria Ministerial nº 1101/2002.
» Clique aqui e baixe a relação dos prestadores que realizaram a mamografia em 2016 no Estado
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais conta ainda com mais 10 Unidades Móveis de Mamografia que percorrem o estado atendendo as regiões onde o acesso ao exame é mais restrito. Também nestes casos, a requisição e o agendamento serão realizados na Unidade Básica de Saúde.
Pacientes que apresentem alterações na mamografia, e necessitam de exames complementares, podem ser encaminhadas para um dos 35 Centros de Alta Complexidade em Oncologia (Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia/UNACON, Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia/CACON).
» Clique aqui baixe a relação atualizada dos CACON/UNACON
CÂNCER DO CÓLO DO ÚTERO
O câncer de colo do útero é o terceiro tipo mais incidente e a terceira causa de mortes por câncer em mulheres no Brasil, com exceção do câncer de pele não melanoma. O Papiloma Vírus Humano (HPV) está diretamente relacionado à doença. Existem mais de 150 tipos de HPV, dentre eles, 40 podem causar infecções e, pelo menos, 13 tipos de HPV podem provocar o câncer de colo do útero. A infecção pelo HPV é muito comum, sendo que até 80% das mulheres sexualmente ativas poderão adquiri-la ao longo de suas vidas.
Os sinais de infecção pelo HPV
A transmissão do HPV ocorre principalmente por via sexual, mas pode ocorrer por qualquer contato direto com a pele ou mucosa infectada. Na maioria das vezes, a infecção não apresenta sintomas, mas no estágio avançado poderá ocorrer sangramento vaginal (espontâneo, após a relação sexual ou esforço) e dor pélvica.
Fatores de risco
Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer de colo do útero. São eles:
• Não utilização de preservativos durante as relações sexuais;
• Outras infecções sexualmente transmissíveis;
• Baixa imunidade;
• Tabagismo.
O que você pode fazer para se prevenir
A prevenção primária do câncer de colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV. Dessa forma, algumas precauções são importantes:
• Utilizar o preservativo em todas as relações sexuais;
• Cuidar da sua higiene íntima;
• Realizar o exame preventivo do câncer de colo do útero, para detecção de lesões ainda em fase inicial. O exame é ofertado pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde.
• Vacinar-se. A vacina oferecida pelo SUS confere proteção para quatro tipos do HPV. Está disponível para meninas na faixa etária de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos e para homens e mulheres de 9 a 26 anos, vivendo com HIV.
Mesmo com a vacinação, o preservativo deve ser utilizado em todas as relações sexuais, tanto para prevenção de outras infecções sexualmente transmissíveis, quanto para os outros tipos de HPV que não estão cobertos pela vacina e também na prevenção de gravidez indesejada. A vacinação também não substitui a realização do exame preventivo do câncer de colo do útero.
A importância do diagnóstico precoce
A realização periódica do exame preventivo do câncer de colo do útero é a estratégia mais adotada para detecção da doença em mulheres de 25 a 64 anos, que já tiveram algum tipo de atividade sexual. Mesmo as meninas vacinadas devem realizar esse exame.
por Câmara Municipal